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Corpo e pensamento

sábado, 24 de setembro de 2016

Lucrécio sobre fugir de si mesmo.

Sai muitas vezes dos grandes palácios aquele a quem estar dentro é insuportável; de súbito volta, sentindo que fora também não está nada melhor, corre depois para sua casa de campo, galopando veloz, como se fosse socorrer num incêndio: mal pisou no portão, boceja de imediato e então volta apressado à cidade. Assim, cada um foge de si, mas não pode fugir. Preso a si contra sua vontade, odeia sua situação. Se refletisse bem, abandonaria tudo mais e se dedicaria a conhecer a natureza das coisas. (De rerum natura III 1060-1075)

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